quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A arte não se pode desvolarizar por estarmos em crise


Há pouco vi na Net um artigo publicado por o jornal Diario do Sul sobre os escultores Charnecas, sempre è um prazer saber que há artistas interessados na área de escultura figurativa realista no nosso pais, já que tivemos a sorte de ter tido grandes mestres da escultura realista que foram sempre solicitados internacionalmente e que nos deixaram esse testemunho, temos o dever de não os defraudar, mas tenho que frisar que tem de haver respeito e ética pela arte, como também respeito por outros escultores que trabalham à longos anos nesta profissão, por fim e não com menos importância às pessoas , dirigentes das populações e cidades do nosso pais, eu por casualidade há 19 anos conheci um destes senhores que foi Francisco Charneca ,que era pintor na área de aguarela mas com alguma técnica duvidosa, que era usar projector para pintar enfim…, era responsável por uma galeria de arte em Évora onde eu expus uma vez, que passado pouco tempo a galeria fechou onde este se deslocou repentinamente para o Brasil e nada soube até agora, que pelos vistos ter vindo há dois anos e sendo escultor, com umas novidades na área da escultura trazidas do Brasil, que em Portugal è exclusiva a baixo custo, numas publicações fala-se de menos 10% de uma escultura de bronze e noutras, dez vezes mais barata, não sei como se explica isto enfim, que é um trabalho pormenorizado de estilo hiperrealista e com bastante resistência como qualquer material nobre utilizado na área da escultura. Vou ser muito sincero em primeiro lugar fomos nós que descobrimos o Brasil e não eles a nós, com isto quero dizer ao Sr. Francisco Charneca que essa técnica de escultura existe á mais de quinze anos, tanto em Portugal como em Espanha utilizada pelos escultores para maquetas de projectos, já que era um material barato a “resina ou poliéster” para apresentar as maquetas, mas nunca na escultura final, por falta de segurança do trabalho final já que é um material que deteriora facilmente há intempérie como está a suceder com as suas esculturas, acho que nós os artistas temos o dever de explicar ás pessoas, mas sinceramente, como são feitos os trabalhos escultóricos na área realista e não fazer “blafes,” qualquer escultor que se preze elabora a escultura original em barro ou plasticina para poder modelar todos os pormenores que exija a escultura realista e poder ter a noção das proporções e expressões dos rostos e não há faca, será por isso que ficam como ficam desproporcionados e expressões rígidas estilo impressionista, como se fossem tirados de moldes, a escultura figurativa realista tem que ter naturalidade e sensibilidade e só modelando se consegue como se tem vindo a demonstrar em séculos pelos grandes mestres da escultura realista a nível mundial, sinceramente acho que lhe falta muito aos seus trabalhos para lhes poder chamar realistas, e a anos-luz serem hiperrealistas, além disso nunca se pode considerar uma obra de arte, já que não entra nos “canons” da escultura realista e não estão elaborados em nenhum material nobre, são apenas figuras grandes realizadas em esferofite e plastico que é a resina utilizada, como são realizadas as que desfilam em qualquer corso de carnaval que por certo algumas com mais realismo. Acho que vem um pouco atrasado na área escultórica, aqui em Portugal existem bons escultores fies ao seu país e á sua profissão que podiam ensinar muito ao Brasil.
Com isto termino dizendo que acho muito bem que algumas associações ou municípios que não tenham verba adquiram este tipo de trabalho escultórico, mas que é limitado em durabilidade e nunca poderá ser considerado uma obra de arte, á que recordar que a médio prazo os trabalhos vão deteriorar-se e vão perder as poucas verbas que investiram, quando se pede um trabalho escultórico para uma localização supõe-se que é para enriquecer a localidade no seu património cultural é a preocupação de qualquer vereação da cultura ,é por isso o grande esforço de municípios monetariamente na colocação de uma escultura realista nos seus materiais nobres, mas sempre será uma obra de arte estando a valorizar a sua localidade até por séculos.